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Cinco desembargadores da ativa completam 34 anos na Justiça de MS

No dia 17 de junho de 1988, nove candidatos aprovados no IX Concurso para o cargo de Juiz Substituto foram empossados para judicar em Mato Grosso do Sul. Do total, Mário Eduardo Fernandes Abelha, Abdala Abi Faraj e Aparecida Henrique Barbosa aposentaram e Ailton Stroppa Garcia faleceu em junho de 2018.

Os cinco magistrados que continuam na ativa são desembargadores: Nélio Stábile, Vilson Bertelli, Geraldo de Almeida Santiago, Marcelo Câmara Rasslan e José Ale Ahmad Netto. Para eles, são muitas as lembranças nesses 34 anos de magistratura.

O Des. Nélio Stábile prestou um único Concurso para a Magistratura e logo depois de aprovado tomou posse como Juiz Substituto em Três Lagoas. “Desde então senti-me pertencente a este Estado e a seu prestigiado e inovador Poder Judiciário. Conheço o Mato Grosso do Sul desde a mais tenra idade, quando ainda do Estado uno. Tantas vezes passei por suas diversas regiões, em visita a parentes, para pescarias com a família e, depois, quando advoguei. E aqui estava eu, agora em outra etapa da vida, contente por criar minhas filhas nestes rincões tão queridos. Fizemos reuniões no aniversário de ingresso, todos os anos, sempre na Comarca em que algum de nós estava lotado: em Campo Grande, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Maracaju, Três Lagoas, Paranaíba e Cassilândia. Meu agradecimento e abraço fraterno a todos os Colegas que me deram a honra de dividir comigo essa Nona Turma”.

“É uma vida inteira. Tem sido bom e costumo dizer que só pode falar que gosta de Direito quem gosta de gente, e o fato de ser juiz permite que convivamos com muita gente, dos mais diversos matizes, gente diferente da gente, gente igual a gente, gente que é melhor que a gente”, garantiu o Des. Rasslan, destacando que o segredo para permanecer bem é fazer bem feito, com vontade e com amor.

Geraldo Santiago é outro a considerar a caminhada árdua, mas prazerosa. “Iniciei minha carreira em 1988 na então recém-criada comarca de Angélica, sendo dela o primeiro juiz. Lugar pequeno, mas ideal para início de trabalhos porque era tudo novo em uma cidade calma e acolhedora. Fiz lá muitos amigos!”, conta.
 
Para José Ale, as lembranças daquele junho de 1988 são marcantes e inesquecíveis. “Nós fomos empossados e tratados da forma mais pessoal e carinhosa possível, sem esquecer das chamadas sobre a responsabilidade que cairia sobre nossas cabeças, já que teríamos de realizar uma eleição dali a poucos meses. Eu me senti integrado, fazendo parte de uma irmandade, no sentido mais amplo!”, relatou.

O magistrado considerou muito marcante também os conselhos do então Des. Marco Antônio Cândia, do então corregedor, Des. Rêmolo Letteriello, um dos examinadores – sem esquecer do acolhimento do Des. Gerval Bernardinho de Souza, então presidente do Tribunal de Justiça.

“O Des. Gerval fazia questão de mostrar que nos queria como pessoas da família, com o devido chamamento à responsabilidade. Quase todos os empossandos eram de fora, inclusive eu, mas nos sentimos próximos de todos. Impossível não mencionar nomes como Marilza Lúcia Fortes, Hildebrando Coelho Neto, Joenildo de Sousa Chaves, Jorge Eustácio da Silva Frias, Tenir Miranda, os quais me dispensaram muita amizade e carinho, o que nos ajudou a superar as dificuldades que estariam por vir. Aos que consegui citar e àqueles que estão dentro dos nossos corações, minha eterna gratidão!”, destacou José Ale.

“Sinto-me bem e, enquanto estiver me sentindo assim, vou continuar. Acho possível fazer a diferença. Quando perceber que meu tempo já passou será a hora de vir alguém novo, a gente deixa de exercer a função. Por enquanto estou bem”, concluiu Rasslan.

O Des. Geraldo lembra que atuou 10 anos em Jardim, comarca onde respondeu por quase toda a região, como Bela Vista, Porto Murtinho, Nioaque, Bonito e Aquidauana. De Jardim foi promovido para a 5ª Vara Cível de Campo Grande, pela qual respondeu por 17 anos até ser promovido, em 2017, para a vaga de desembargador.

“Foram anos ricos em conhecimentos, experiências e prazeres, pois tenho a certeza do dever cumprido e de ter feito meu melhor. Uma carreira maravilhosa e abençoada por Deus, porque eu nada teria conseguido pela Sua graça. Agradeço aos servidores que estiveram comigo nesses 34 anos, aos assessores, aos colegas que trabalharam comigo durante esse tempo. Saudades daqueles que partiram. Agradeço especialmente à minha família, que me apoiou em todos os momentos e soube compreender as lacunas deixadas pela minha ausência em face da sobrecarga de nossa atividade. Que Deus nos guarde. Obrigado a todos”.

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