Familiares dizem que ‘foi uma grande surpresa’ saber de abuso cometido por rapaz adotado pela avó da vítima

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Conforme a polícia de MS, embora os parentes resistiram ao fato da adoção porque o rapaz já era adulto, jamais imaginariam que algo do tipo fosse acontecer. Investigação aguarda laudos para concluir inquérito.

A Polícia Civil ouviu familiares da menina de 4 anos, vítima de abuso sexual por parte de um rapaz de 21 anos, adotado pela avó dela. Segundo o delegado Jarley Inácio, eles disseram que “foi uma grande surpresa” descobrir os fatos. O suspeito teve a prisão preventiva decretada e foi transferido de Jaraguari para um presídio, em Campo Grande.

Conforme a polícia, embora os parentes resistiram ao fato da adoção porque o rapaz já era adulto, eles jamais imaginariam que algo do tipo fosse acontecer. Com os depoimentos, a investigação aguarda apenas a chegada dos laudos para concluir o inquérito policial.

Entenda o caso

O crime teria ocorrido em uma chácara em Jaraguari, a 56 km de Campo Grande, onde a vítima residia com os avós e o suspeito, conforme a polícia. Logo após a avó presenciar a cena, o suspeito teria confessado o crime e também demonstrado arrependimento na delegacia.

No depoimento, a idosa contou que residia com o esposo na chácara, há cerca de dois anos, quando soube da história de irmãos que teriam sido abandonados pela família. “Ela disse que eles tinham sido abusados quando criança e depois abandonados tempos depois. A senhora se sensibilizou com a história, principalmente este rapaz, que estava descalço, desnutrido, sem camisa e era muito bonzinho segundo ela”, disse na ocasião o delegado.

Logo após saber dos fatos, ela então o adotou informalmente. “A senhora o levou para casa. Deu um quarto para ele, comprava roupas e o tratava como filho. Ela disse que a família até foi contra na época, mas, ela decidiu cuidar dele. E o rapaz ajudava na fazenda, mas, não era nada obrigatório, não era um serviço, pois, ela disse que o tratava como filho mesmo”, comentou Jarley.

No último domingo (24), no entanto, a idosa presenciou o rapaz tocando nas partes íntimas da criança, enquanto ela brincava no quintal do imóvel. “Ela conversou com a menina e ela contou o crime, dizendo que ele tinha ameaçado de matar a família se ela contasse. A menina foi encaminhada para o Imol [Instituto de Medicina e Odontologia Legal] e não houve a consumação do crime, mas, de qualquer forma se ele tocou na menina é um caso de estupro pela nova lei”, ressaltou o delegado.

Já na delegacia, o rapaz também falou do fato de ter sido abusado quando criança, negou que tenha ameaçado a menina e disse que, assim que a tocou, se arrependeu “na mesma hora”. No dia 26 de janeiro ele passou por audiência de custódia.

O rapaz, que não tinha antecedentes criminais, deve responder por estupro de vulnerável, com pena que pode chegar a 15 anos de reclusão.

G1MS