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PMA prende e autua infrator em R$ 26 mil por degradação de córregos, caça, manter aves silvestres em cativeiro, maus tratos a galos de rinha e posse de armas em MS

Policiais Militares Ambientais de Campo Grande receberam denúncias de funcionários de uma empresa, de que o vizinho colocava constantemente bovinos na propriedade da companhia, localizada no município de Ribas do Rio Pardo, a 60 km da cidade, causando danos ambientais e patrimoniais, especialmente às áreas protegidas de matas ciliares de córregos da fazenda pelo pisoteio do gado para a dessedentação e forrageamento.

Uma equipe foi ontem (12) ao local e durante vistoria na propriedade rural confirmou a denúncia. Foram verificadas degradações ambientais provocadas pelo gado do denunciado em áreas de matas ciliares de córregos (Área de Preservação Permanente-APP), que cortam a fazenda pertencente à empresa, que não cria animais. O gado acessava livremente à vegetação das áreas protegidas dos cursos d’água e o pisoteio estava causando degradações no solo e margens e contribuindo com o assoreamento dos córregos. O infrator foi notificado a retirar o gado da área protegida.

Área protegida de córrego degradada pelo gado.

GALOS DE RINHA (MAUS-TRATOS)

Na sede da propriedade do infrator, os Policiais verificaram 20 galos domésticos da espécie galo-índio (Gallus gallus domesticus) que eram mantidos em gaiolas de madeira, extremamente apertadas, com restrição de movimentos, privação de luz solar e circulação aérea inadequada, o que, por si só, caracteriza-se maus-tratos. Alguns animais apresentavam ferimentos na crista e peito e apresentavam-se mutilados, com as esporas cortadas. Os galos e gaiolas foram apreendidos. O infrator é reincidente por maus tratos relativos a rinhas de galos.

Gaiolas onde ficavam os galos de rinha.

Galo com espora mutilada.

PÁSSAROS ILEGALMENTE EM CATIVEIRO

Na varanda da residência do infrator havia duas gaiolas com pássaros silvestres, sendo um da espécie pássaro-preto, que o homem afirmou ter capturado na propriedade e o outro da espécie curió (anilhado), que segundo ele pertencia a seu filho, que havia comprado de um criador em Campo Grande, porém, não havia a licença ambiental. As aves foram apreendidas e foram encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS).

CAÇA (JACARÉS ABATIDOS) E POSSE ILEGAL DE ARMAS

Ainda na varanda, em um freezer foram encontrados 6,2 kg de carne de jacaré. Diante do animal, ou animais abatidos, os Policias perguntaram se o infrator possuía armas de fogo. Ele confirmou que possuía três armas e munições, que estavam no interior de sua caminhonete. As armas e munições não tinham documentos e foram apreendidas.sua caminhonete. As armas e munições não tinham documentos e foram apreendidas.

APREENSÕES

Ao todo foram apreendidos com o acusado dois pássaros e duas gaiolas, 6,2 kg de carne de jacaré, três armas de fogo, cinco munições calibre 38 e uma munição calibre 28, além de 20 galos

O infrator (70) recebeu voz de prisão e foi conduzido à delegacia de Polícia Civil de Ribas do Rio Pardo, onde ele foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma, com pena prevista de um a três anos de detenção. Ele também responderá por mais quatro crimes ambientais. 1 – crime ambiental de degradação de área de preservação permanente (APP), com pena é de um a três anos de detenção; 2 – por caça de animais silvestres com pena de seis a um ano de detenção; 3 – por manter animais silvestres ilegalmente em cativeiro, com pena de seis meses a um ano de detenção e; 4 – maus tratos a animais, com pena de três meses a uma ano de detenção. O infrator, residente em Ribas do Rio Pardo, também foi autuado administrativamente e foi multado em R$ 26.000,00.

pmms

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