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JORNALISTA ESCLARECE: DISCUSSÃO MAYCOL e VANDER

Paranaíba sendo Paranaíba, por Roberto Chamorro

O nome de Paranaíba voltou a ocupar os noticiários dos principais sites de Campo Grande, neste fim de semana, por conta do fato envolvendo o prefeito Maycol Queiroz e o deputado federal Vander Loubet, ocorrido no restaurante Manura em Campo Grande, quinta-feira, 10 de agosto.

Todas as coberturas apresentaram a versão extraída de nota oficial do próprio parlamentar. Um dos sites, “O Jacaré”, considerou o acontecido como mais um exemplo de fúria política envolvendo nomes regionais.
Um episódio gerando outro, todos com conotação política, com potencial poder de combustão para acirrar ânimos entre pensamentos e posições divergentes.

Um efeito dominó com resquícios de terceiro turno, antecipando como será belicoso o confronto político para as eleições do próximo ano, onde oportunismo e sagacidade ocuparão espaços.

Como jornalista, estive em Campo Grande na última quinta-feira para acompanhar e transmitir ao vivo a solenidade de assinatura do convênio entre Governo do Estado e Santa Casa, o que garante a segunda reforma daquele hospital em três décadas.

Foi um momento importante. Pela primeira vez em oito meses o governador, Eduardo Riedel, publicamente, participava de um ato administrativo beneficiando diretamente Paranaíba.

Foi a oportunidade de entrevistar o governador que enviou sua mensagem ao vivo para os ouvintes do programa Tribuna Livre da rádio Difusora, garantindo o apoio para as demandas do prefeito municipal.

Cerimônia prestigiada por governador, vice-governador, dois deputados federais, Dagoberto e Geraldo Resende, secretários de estado, do município, além de vereadores.

Em ação dificilmente usada no jornalismo local, transmitimos ao vivo o evento, entrevistando as principais autoridades e contando o histórico da luta para o especial momento da ordem de serviço que garantiu R$ 9,5 milhões para Paranaíba.

Convidado para o almoço com a delegação paranaibense, cheguei ao restaurante, um dos mais tradicionais de Campo Grande, e logo na entrada ouvi burburinhos por parte de pessoas que saíam, de que houvera uma treta entre políticos no banheiro do estabelecimento.

Não dei maior importância e dentro do estabelecimento cumprimentei o deputado Vander, meu particular conhecido desde o início de sua carreira política.

Até então, não havia capturado nenhum traço de que momentos antes ele havia travado acalorada discussão com o prefeito municipal. Sentei e logo percebi o clima de tensão quando tomei conhecimento do acontecido que, depois, foi divulgado por sites tendo como eixo central uma suposta agressão física.

Como jornalistas, temos compromisso com a veracidade dos fatos. Quando não presenciamos, temos a responsabilidade de tentar reconstruir ouvindo todos os lados.

No caso, o prefeito precisa apresentar sua versão. O próprio deputado Vander emitiu nota minimizando o episódio e mostrando a habilidade que o torna um dos personagens mais importantes no atual cenário político regional e nacional, devido à sua condição de amigo do presidente Lula e coordenador da bancada de MS no Congresso Nacional.

Surpreendente foi a rapidez como o fato gerou outro, fruto da criatividade e oportunismo próprios do jogo político. Nas redes sociais de Paranaíba, na manhã de sexta-feira, um desafio foi lançado, propondo uma luta, dentro das regras do MMA, entre o prefeito Maycol Queiroz e o vereador Robson Rezende.

Uma luta entre dois políticos, como argumento de contribuição para instituição de caridade. Por mais nobre que sejam as intenções, revela desprezo pelas noções de civilidade.

Mais preocupante, ainda, foi a repercussão nos grupos da WhatsApp, onde foram idealizados confrontos entre personagens de nossa cidade. Surgiram desafios até mesmo de peteca. O diálogo nas redes sociais evidenciou existência de uma chama acesa pelo confronto, onde a violência assume contornos de banalidade.

Está sendo estimulada, perigosamente, uma relação entre violência e política, sempre latente, mas que necessita de um ponto de equilíbrio. Que os apagadores de “incêndios” entrem em ação para intermediar conflitos, para que estes não se desdobrem em mais violência.

Panela de pressão esfriando, como diriam os conhecedores da história local, Paranaíba sendo Paranaíba.

METAL ZUM
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