O juiz Edimilson Barbosa Ávila, da 1ª Vara Criminal de Paranaíba, presidiu o júri e disse à nossa reportagem que esse caso é fruto do tráfico de drogas que atinge todas as camadas da sociedade.
Igor Emanuel Garcia da Silva, 28 anos, foi declarado culpado do crime, porém inimputável (quando um indivíduo é isento de pena por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto) pelo tribunal do júri que ocorreu hoje (18) por tirar a vida de seu irmão Willian Garcia da Silva em agosto de 2021, na residência da família no bairro Jardim Redentora.
Uma briga entre Igor e seu irmão terminou em esfaqueamento e morte após discussão por volta das 22h30 duma quinta-feira (19 de agosto de 2021).
Segundo o boletim de ocorrências da Polícia Civil, Igor Emanuel Garcia da Silva, de 23 anos, entrou em luta corporal com seu irmão Willian Garcia da Silva, de 22 anos, e utilizando-se de uma faca esfaqueou a vítima que morreu em seguida.
A vítima chegou a ser socorrida por testemunhas em uma motocicleta, mas morreu logo em seguida, próximo ao local do crime.
A briga teve início por um motivo banal. Igor tomou duas cervejas que pertenciam à vítima. Uma discussão verbal rapidamente se transformou em luta corporal. Testemunhas perceberam a confusão e tentaram separar os irmãos. Porém, ambos pegaram facas durante o confronto.
Na época Igor disse que o corrido foi sem querer, ele não tinha a intenção de matar o irmão.
A defesa de Igor foi realizada pela defensora pública Gabriela Barcelos no júri de hoje.
A mãe de Igor implorou para que o filho passasse por um tratamento contra as drogas o que foi acatado pelo corpo de jurados composto por sete mulheres. As juradas reconheceram a inimputabilidade do réu que é usuário de drogas por muito tempo e segundo a defensora “ele está fora de si, ele precisa de fato uma internação para tratamento no hospital psiquiátrico”.
Conforme a defensora Gabriela Barcelos, “a internação dele vai durar pelo tanto de tempo que persisitir a periculosidade dele. Só vai sair do hospital psiquiátrico quando for constatado de que ele de fato já teve o tratamento concluído. Que ele está apto a conviver em sociedade e não representa um risco nem para si, nem para sua mãe e nem para o resto da sociedade”.
Igor já era acompanhando por transtornos mentais desde de 2018 pelo sistema público de saúde por uso de cocaína e outras drogas, quatro anos antes de tirar a vida do irmão.
O juiz Edimilson Barbosa Ávila, da 1ª Vara Criminal de Paranaíba, presidiu o júri e disse à nossa reportagem que esse caso é fruto do tráfico de drogas que atinge todas as camadas da sociedade.
