Em Mato Grosso do Sul a negativa de famílias para a doação de órgãos e tecidos de parentes depois da comprovação da morte encefálica comprovada chega a 70% segundo a central estadual de Transplantes.

De um lado 428 pessoas esperam por um transplante de órgão em Mato Grosso do Sul. Do outro, 70% dos familiares recusam a doação de órgãos e tecidos de seus parentes depois da comprovação da morte encefálica comprovada no estado, de acordo com a central estadual de Transplantes.

Diante dos dados e da análise da central estadual , a recusa familiar se torna o principal motivo para que um órgão não seja doado em Mato Grosso do Sul. A pandemia também pode ter afetado os números de novos transplantes, segundo a coordenadora estadual da Central de Transplantes, Claire Miozzo, além de outros fatores.
“Muitas vezes tinha um potencial doador de órgãos e tecidos, e o resultado do teste de Covid dava positivo. Algumas vezes tínhamos o doador e não tinha leito disponível para realizar o transplante. Outras vezes o receptor que ia receber o transplantes estava com Covid. Tivemos alta na negativa familiar. As famílias ansiosas e com medo da doença, negavam fazer a doação. Foram vários fatores que fizeram com que o processo fosse prejudicado”, explica.

Em Mato Grosso do Sul, conforme o levantamento da central de transplantes, de janeiro a agosto deste ano foram realizados transplantes de 1 coração, 7 rins e 91 córneas. No mesmo período do ano passado foram 3 corações, 17 rins e 80 córneas.
G1MS