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Rose e Puccinelli aumentam a pedida e adiam anúncio de apoio no 2º turno

CORREIO DO ESTADO

Ao fim da primeira semana de campanha do segundo turno destas eleições, os candidatos que não conseguiram vaga no embate final Rose Modesto (União Brasil) e André Puccinelli (MDB) adiaram o anúncio sobre quem vão apoiar nesta reta final por mais uns dias.

O objetivo dos dois, conforme apurou o Correio do Estado, é avançar nas negociações com os dois oponentes: Eduardo Riedel (PSDB) e Capitão Contar (PRTB).


Na sexta-feira, os partidos começaram a dar as primeiras definições, mas nenhuma delas foi clara.

O PT, de Giselle Marques, ficará neutro na disputa. Já o PSD, de Marquinhos Trad, deu liberdade a seus integrantes para apoiarem quem quiser neste segundo turno. O mesmo vale para o MDB de André Puccinelli.


A propósito, a maioria do MDB anunciou apoio a Eduardo Riedel. Somente Puccinelli é que pediu mais alguns dias para anunciar de que lado estará nestas eleições.

Puccinelli foi o terceiro colocado na disputa, com 17,18% (247.093 votos) da votação, e nutriu a expectativa de estar no segundo turno até a reta final.


Na tarde dessa sexta, durante entrevistas no diretório do MDB, Puccinelli chegou a falar da “onda” que o tirou do primeiro turno e que manteve Capitão Contar na eleição. “Não estou preocupado com a questão nacional.

O que mais me preocupa é o cenário local e, neste sentido, dizem que está havendo uma grande onda a favor de Capitão Contar. Parece que virou um tsunami, uma epidemia, mas eu ainda não constatei. Vou averiguar tudo isso”, destacou Puccinelli.


Rose Modesto foi procurada pelo Correio do Estado, mas não houve retorno.

Os interlocutores da deputada federal, quarta colocada nas eleições, com 178.699 votos (12,42%), confidenciaram que Rose usa duas variáveis para indicar seu apoio: a primeira é o candidato que tiver mais chances reais de vitória, e, a segunda, a partir da primeira variável, o candidato que lhe oferecer mais espaço nos próximos dois anos.


A partir de fevereiro, Rose Modesto não terá mais mandato. Algum cargo no governo que assumir em janeiro, seria uma boa vitrine para seu grande plano para 2024: disputar a Prefeitura de Campo Grande.


No PSDB, interlocutores avaliam que Rose encontra menos espaço, pois o deputado federal reeleito Beto Pereira, que foi seu maior adversário no ninho tucano, pretende candidatar-se a prefeito de Campo Grande.

A saída para Rose seria o bom relacionamento que ela mantém com o candidato Eduardo Riedel.


Já na candidatura de Capitão Contar, tanto Rose quanto André Puccinelli avaliam ter mais espaço em um eventual governo.

O problema é que Contar tem pouco a oferecer agora: sua campanha é bem espartana. Só há mesmo expectativa de cargos em uma eventual administração.

Família Trad


A sexta-feira também foi dia de definição para os rumos do PSD neste segundo turno.

O senador Nelsinho Trad, o único dos três irmãos que terá mandato em 2023, anunciou que o diretório no Estado apoiará Jair Bolsonaro para a Presidência da República e vai liberar seus filiados para apoiar quem quiserem para o governo. 


Marquinhos Trad, que enfrenta um inquérito em que é investigado por assédio sexual, terminou a disputa do primeiro turno na quinta posição, com 124.795 votos (8,68% dos votos).


Já o deputado federal Fábio Trad (PSD), irmão de Marquinhos e Nelsinho, que não atingiu votação suficiente para se eleger, disse que votará em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, em defesa da democracia. Para governador, Fábio Trad disse que anulará o voto. 

Nelsinho compara Capitão Contar a Alcides Bernal 

O presidente do PSD em Mato Grosso do Sul, senador Nelsinho Trad, comparou o candidato do PRTB que está no segundo turno ao ex-prefeito de Campo Grande Alcides Bernal, e disse que, para que Mato Grosso do Sul não seja submetido a uma gestão “desastrada” como a que a Capital foi submetida em sua sucessão, vai votar em Eduardo Riedel (PSDB), no dia 30. 


“Ex-prefeito de Campo Grande que fui, entendo ser prudente, racional, a eleição de alguém com mais preparo para gerir o destino de Mato Grosso do Sul”, disse Nelsinho Trad. 


Nelsinho foi prefeito da Capital até 2012, quando foi sucedido por Alcides Bernal (PP). No mandato de Bernal, houve cassação do então prefeito, ascensão do então vice, Gilmar Olarte (PP), e retorno de Bernal ao poder, situação que colocou a Capital em um caos administrativo.


PT


Já o PT anunciou neutralidade nestas eleições. O Correio do Estado apurou que boa parte do partido deverá votar em Eduardo Riedel para o governo de Mato Grosso do Sul neste segundo turno.


O motivo da neutralidade, porém, é o fato de nenhum dos candidatos abrir espaço para a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República. Giselle Marques, candidata do partido a governadora, teve 135.556 votos (9,42%).


Antes mesmo do primeiro turno, o ex-governador Zeca do PT, deputado estadual eleito, foi flagrado pedindo voto útil em Eduardo Riedel. No início, porém, a campanha de Riedel tratou de desmentir mensagens de WhatsApp disparadas por pessoas ligadas a Capitão Contar, que associavam Riedel a Lula.


No primeiro turno, Bolsonaro, que teve 794.206 (52,7%) votos em Mato Grosso do Sul, contou com o apoio tanto de Contar quanto de Eduardo Riedel.

E assim continua no segundo turno. Lula, porém, teve 588.323 votos (39,04%), quantia que as campanhas de Eduardo Riedel e de Capitão Contar parecem estar desprezando para este segundo turno.

(Colaboraram Ana Clara Santos e Beatriz Feldens)

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