Agressões foram registrada durante retomada em Iguatemi.
Um grupo formado por um jornalista canadense, uma antropóloga e um engenheiro florestal, foi agredido com socos e chutes. Os agressores, cerca de 10 homens encapuzados, ainda ameaçaram cortar os cabelos da única mulher que compõe o trio de profissionais. O caso aconteceu nessa quarta-feira (22), em Iguatemi, a 412 km de Campo Grande. O local é uma área de retomada.
O grupo voltava da área rural do município, onde foram deixar um líder indígena com quem se encontraram na terça-feira (21), durante a assembleia Aty Guasu, que reuniu lideranças indígenas da região do Cone Sul em Caarapó.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na tarde de ontem, em Amambai, o trio parou para conversar com o motorista que estava em uma camionete estacionada na estrada que liga as rodovias 295 a 386. Outros veículos se aproximaram. Os ocupantes – que estavam encapuzados e armados com facas e armas de fogo – começaram a agredir as vítimas, que tentaram escapar, mas não conseguiram.
O grupo de profissionais foi jogado ao chão e agredido com chutes e socos. Os agressores ameaçaram cortar os cabelos da antropóloga que é casada com o jornalista canadense. Depois de agredir o trio, os suspeitos fugiram levando os equipamentos de trabalho das vítimas, dinheiro e celular.
A advogada Talitha Camargo, que representa a cacique Valdelice Veron, afirmou que uma família Guarani-Kaiowá, incluindo uma grávida de sete meses, foi sequestrada e torturada na região de Iguatemi. Eles foram encontrados por familiares nesta quinta-feira (23).
o Delegado Eduardo Pereira, a PF (Polícia Federal) e Força Nacional realizaram diligências na região na noite desta quarta-feira (22). A reportagem do Midiamax entrou em contato com fazendeiros da região, mas foi informada que não havia ocupação no local.
“A PF acompanhou o caso e realizou diligências nas localidades próximas à aldeia e instaurou Notícia de Crime em Verificação”, informou a Polícia Federal.
Na noite de ontem, um fazendeiro foi preso em flagrante por posse irregular de munição e arma de fogo. Ele estava na fazenda Pássaro Preto quando foi abordado por uma equipe da Polícia Federal que foi para região após ser acionada pela pela DPU (Defensoria Pública da União), para atender um possível conflito indígena com fazendeiros em Iguatemi.
Nesta quinta-feira, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul informou que acompanha o caso envolvendo o jornalista, a antropóloga e o engenheiro florestal. Ao Núcleo de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas, o jornalista disse que além das agressões e de terem sido roubados, ele teve o cabelo cortado. O grupo ainda ameaçou fazer o mesmo com a esposa dele.
Depois de registrar o boletim de ocorrência, o grupo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal onde passaram pelo exame de corpo de delito. O caso é investigado.
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